segunda-feira, 2 de maio de 2011

Códido da Publicidade

CÓDIGO DA PUBLICIDADE
Decreto-Lei n.º 330/90
de 23 de Outubro
(Com as alterações introduzidas pelos Decretos-Lei n.º 74/93, de 10 de Março, n.º 6/95, de 17 de Janeiro e nº61/97 de 25 de Março, n.º275/98 de 9 de Setembro)

 A publicidade assume, nos dias de hoje, uma importância e um alcance significativos, quer no domínio da actividade económica, quer como instrumento privilegiado do fomento da concorrência, sempre benéfica para as empresas e respectivos clientes.

CÓDIGO DA PUBLICIDADE

CAPÍTULO II
Regime geral da publicidade

SECÇÃO II
Restrições ao conteúdo da publicidade
Artigo 14º
(Menores)
1 - A publicidade especialmente dirigida a menores deve ter sempre em conta a sua vulnerabilidade psicológica, abstendo-se nomeadamente, de:
a) Incitar directamente os menores, explorando a sua inexperiência ou credulidade, a adquirir um determinado bem ou serviço;
b) Incitar directamente os menores a persuadirem os seus pais ou terceiros a comprarem os produtos ou serviços em questão;
c) Conter elementos susceptíveis de fazerem perigar a sua integridade física ou moral, bem como a sua saúde ou segurança, nomeadamente através de cenas de pornografia ou do incitamento à violência;
d) Explorar a confiança especial que os menores depositam nos seus pais, tutores ou professores.

2 - Os menores só podem ser intervenientes principais nas mensagens publicitárias em que se verifique existir uma relação directa entre eles e o produto ou serviço veículado.

SECÇÃO III
Restrições ao objecto da publicidade
Artigo 17º
(Bebidas alcoólicas)
1 - A publicidade a bebidas alcoólicas, independentemente do suporte utilizado para a sua difusão, só é consentida quando:
a) Não se dirija especificamente a menores e, em particular, não os apresente a consumir tais bebidas;
b) Não encoraje consumos excessivos;
c) Não menospreze os não consumidores;
d) Não sugira sucesso, êxito social ou especiais aptidões por efeito do consumo;
e) Não sugira a existência, nas bebidas alcoólicas, de propriedades terapêuticas ou de efeitos estimulantes ou sedativos;
f) Não associe o consumo dessas bebidas ao exercício físico ou à condução de veículos;
g) Não sublinhe o teor de álcool das bebidas como qualidade positiva.

2 - É proibida a publicidade de bebidas alcoólicas, na televisão e na rádio, entre as 7 e as 21 horas e 30 minutos.
Artigo 18º
(Tabaco)
São proibidas, sem prejuízo do disposto em legislação especial, todas as formas de publicidade ao tabaco através de suportes sob a jurisdição do Estado Português.
...
(quem estiver interessando em saber mais sobre o Código da Publicidade visite o site: http://www.verbojuridico.com/legisl/codigos/cod_publicidade.html )

domingo, 1 de maio de 2011

Publicidade

   Meio de comunicação com o objectivo de captar a atenção do receptor através de meios estratégicos. A publicidade é uma actividade profissional que se dedica à exposição de ideias ao público, principalmente através da propaganda.
  Pode dizer-se que teve inicio na antiguidade, no entanto, só após a Revolução Francesa (1789) é que lhe foi atribuída a devida importância e se deu início ao percurso da publicidade que conhecemos nos dias que correm,
  Hoje em dia as novas tecnologias de tratamento de imagem permitem a produção de uma série de novas potencialidade estéticas neste campo.
   Actualmente, todas as profissões beneficiam da prática da publicidade, transpondo a informação para revistas, cartazes, jornais, televisão, internet, autocarros, entre outros… 

  Cada anúncio publicitário tem que atender aos seguintes aspectos:
Elementos cromáticos e visuais - vive-se no mundo a imagem.
Produto - presente de uma forma discreta ou dominadora.
Slogan - fundamental, jogando com o enorme poder persuasor da palavra. Frase curta, fácil de memorizar e capaz de provocar o desejo de adquirir o produto.
Linguagem – rimas, jogos de palavras, imperativo, interjeições, figuras de estilo
Objectivo - levar o público a comprar /ou a alterar o seu estilo de vida. Chamar a atenção das pessoas para certas acções, ambiente, sexualidade, politica ....


UM MUNDO VASTO DE CRIATIVIDADE (que se dividi-se em dois tipos)

  • Publicidade Institucional em que o seu objectivo é levar as pessoas a realizar acções que digam respeito ao bem estar da comunidade (campanha de prevenção acidentes, prevenção de doenças, acções de solidariedade).
















  • Publicidade Comercial em que a sua finalidade é persuadir o destinatário a adquirir determinado produto.




sábado, 2 de abril de 2011

Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

O novo Acordo Ortográfico entrou em vigor em Janeiro de 2009 em Portugal, mas até 2015, decorre um período de transição, durante o qual ainda se pode utilizar a grafia actual. 


O que muda, afinal com o novo acordo ortográfico? 
O alfabeto português passará de 23 para 26 letras, com a inclusão em definitivo do k, do w), e do y.

O uso de maiúsculas e minúsculas obedece a novas regras:
1. os meses do ano e os pontos cardeais deverão ser escritos em minúsculas (janeiro, fevereiro e norte, sul, etc.). 
2. poder-se-á usar maiúsculas ou minúsculas em títulos de livros, no entanto a primeira palavra será sempre maiúscula (Insustentável Leveza do Ser ou Insustentável leveza do ser) 
3. também é permitida dupla grafia em expressões de tratamento (Exmo. Sr. ou exmo. sr.) em sítios públicos e edifícios (Praça da República ou praça da república) e em nomes de disciplinas ou campos do saber (História ou história, Português ou português) 


A supressão de consoantes mudas tal como o nome indica, vai levar ao desaparecimento de consoantes, em que o critério para tal é a sua pronúncia. 
1. cc - ex.: transacionado, lecionar. Mantém-se em friccionar, perfeccionismo, por se articular a consoante. 
2. cç – ação, ereção, reação. Mantém-se em fricção, sucção. 
3. ct – ato, atual, teto, projeto. Mantém-se em facto, bactéria, octogonal. 
4. pc – percecionar, anticoncecional. Mantém-se em núpcias, opcional. 
5. pç – adoção, conceção. Mantém-se em corrupção, opção. 
6. pt - Egito, batismo. Mantém-se em inapto, eucalipto. 

Passam a ser suprimidos alguns acentos gráfico em palavras graves
> crêem, vêem,lêem passam a creem, veem e leem;
> pára, pêra, pêlo, pólo passam a para, pera, pelo e polo. 

As palavras acentuadas no ditongo oi e ei passam a ser escritas sem acento:
> estoico,paleozoico, asteroide e boleia, plateia, ideia. 

Existe também a supressão completa do trema(¨)
> aguentar (e não agüentar), frequente (e não freqüente), linguiça (e nãolingüiça). 

O hífen:
> vai ser suprimido em: 
1. palavras compostas em que o prefixo termina em vogal e o sufixo começa em r ou s, dobrando essa consoante: cosseno, ultrassons, ultrarrápido. 
2. o prefixo termina em vogal diferente da incial do sufixo: extraescolar, autoestrada,intraósseo. 
3. formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver: hei de, hás de. 

> emprega-se em: 
1. palavras compostas onde a última vogal do prefixo coincide com a inicial do sufixo, excepto o prefixo co- que se algutina ao sufixo iniciado por o: contra-almirante, micro-organismo, coobrigação. 
2. palavras que designam espécies da Biologia ou Zoologia: águia-real, couve-flor,cobra-capelo.

Pode existir dupla grafia em algumas palavras? 
> Sim. Isso está previsto no novo acordo por existirem diferenças na pronúncia de país para país assim temos: 

  característica  caraterística 
  intersecção     interseção 
  infeccioso        infecioso 
  facto                fato 
  súbtil               sútil 
  cómico            cômico 
  abdómen         abdômen 
  judo                  judô 
  metro               metrô



 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Uma nova descoberta

À uns dias enquanto "navegava" pela Internet acabei por descobrir uma escritora de nome Maria Rebelo Pinto. A descoberta deu-se quando li um dos seus textos inéditos, que tenho publicado "Fazer Feliz!", que adorei imenso.
A meu ver é um escritora com textos bastante engraçados e interessantes. Para quem não conhece a pessoa em questão está publicado a sua biobibliografia e aqui fica o seu site oficial : http://margarida.clix.pt/

Maria Rebelo Pinto

Nascida em Lisboa em 1965, Margarida Rebelo Pinto revelou desde cedo uma enorme paixão pela escrita. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Universidade Clássica e após uma breve passagem como copywriter, pelo mundo da publicidade, aos 22 anos, iniciou a sua actividade jornalística passando por publicações como “O Independente”, “Sete”, “Marie Claire” e “Diário de Notícias”.
Foi repórter do Canal 1 da R.T.P., retomou a crónica “O Meu Pequeno Mundo”, em 1999, na revista Olá do jornal Semanário e tornou-se cronista regular da Elle, colaborando também com outras publicações.

O primeiro romance de Margarida Rebelo Pinto, "Sei Lá", não foi propriamente o seu baptismo na escrita. A autora juntou aos ingredientes de saber estar nos sítios certos, à hora certa e com os amigos necessários, uma história que concretizou na sua cabeça, dando-lhe então em Março de 1999 a forma em livro. Nesse mesmo ano, foi vencedora do prémio literário Fnac 1999, tendo a obra já superado os 130 mil exemplares vendidos.

Actualmente, a escritora tem cerca de dez livros editados: "Herman SuperStar", "Não há Coincidências", "As Crónicas da Margarida", "Alma de Pássaro","Artista de Circo", "I'm In Love With a PopStar", "Nazarenas e Matrioskas", "Pessoas como Nós","Diário da Tua Ausência", "Vou contar-te um segredo", uma colecção de textos inéditos.

Enquanto no seu primeiro livro abordava ainda a escrita de uma forma ingénua, no seu terceiro romance, “Alma de Pássaro”, a autora abordou a escrita de uma forma que a colocou como a mais conhecida percursora da nova literatura urbana. Desse modo, entrou para a agência literária Carmen Balcells, representante de autores consagrados como Gabriel Garcia Marquez, Jorge Amado, Isabel Allende, entre outros.

Paralelamente à escrita, Margarida dedicou-se também ao guionismo, sendo ela a autora do telefilme da SIC "Um passeio no parque". Neste momento já está a rever o guião do seu próximo filme, sendo este a adaptação do livro “Sei Lá” para o cinema.

A escritora tem sempre mais ideias e projectos do que tempo para os realizar, é mãe, nada três quilómetros por semana e escreve em qualquer lado, desde que leve um caderno de capa preta.

domingo, 20 de março de 2011

Fazer Feliz!

« O que eu quero mesmo é que sejas feliz. Não sei se sabes, talvez não tenhas tido tempo para perceber que para mim sempre foi e será isso o mais importante, mesmo que a vida te leve para outros caminhos e que sem sequer voltes a cruzar-te comigo.
Não tivemos tempo para nada, o tempo é um ladrão, mas tu és um ladrão ainda mais esperto, porque roubas tempo ao tempo e foi assim que entraste a saíste da minha vida como um furacão, chamei-te El Niño e tu riste-te com a tristeza das crianças quando estão cansadas, e eu agora vou assistindo a cada dia que passa ao crescimento de um fosso imenso entre nós, apesar de todo o amor que sentimos um pelo outro. Já reparaste que este verbo conjugado nesta pessoa é igualzinho no passado e no presente? Mas isso agora não interessa, porque nem tu o queres conjugar em nenhum tempo nem modo, nem eu espero que o faças.
Há alguns anos que aprendi a amar assim e sei que as pessoas que partem são aquelas que amo e que por isso tenho de as deixar ir, mesmo que isso me deixe vazia e cansada. Aprendi a deixar partir as pessoas porque sei que nascemos e morremos sozinhos, que tudo o que é realmente importante na vida descobre-se e aprende-se na solidão. E que por mais que te ame e te queira proteger com os meus braços de mãe, sei que é inútil e que só tu podes crescer e descobrir o que é mesmo importante para ti.
Mas custa-me, meu pequeno e irrequieto furacão, custa-me ver-te cada vez mais cansado e desligado do mundo, como se não tivesses força para viver a tua vida e te alienasses num código de conduta que achas que é o melhor para deixar toda a gente contente, sem teres que pensar em ti. É que é muito mais fácil esqueceres quem foste do que tu julgas. E se habituares a viver assim, os anos vão passar a correr e quando olhares para trás, verás que aquela vida não foi a tua, foi só a que tu pensaste que era mais fácil ter. Mas não adianta falar, não adianta explicar-te o que já esqueci e que ainda não conheces, porque o que eu quero mesmo é que sejas feliz. Apesar de tudo, há um truque que te posso ensinar e como tu és como eu, também tens um coração do tamanho do mundo só que ainda está adormecido, por isso talvez isto te ajude. Só há uma maneira de uma pessoa ser mesmo feliz, sabes qual é?
Não tem a ver nem com o dinheiro, nem com o sucesso, nem com a fama, nem com a realização dos nossos sonhos.Aprende-se com o tempo e descobre-se com a vida. Pratica-se todos os dias como quem reza e às vezes custa mas vale a pena. É o truque mais difícil do mundo para quem nunca o recebeu e mais fácil para quem já o teve. O truque é fazer feliz a quem se ama, como dizia o João Gilberto. O mesmo que dizia que o amor é a coisa mais triste quando se desfaz. Mas isso faz parte da vida, como a morte, como a falta de sorte, como a falta de tempo, como o medo e a vontade, como tu e como eu.
E o nosso amor, aquele que o tempo, ou a vida, ou o medo, ou a falta de sorte não deixam construir, está guardado para sempre.Talvez um dia sirva para alguma coisa, para fazer feliz alguém, como eu já te fiz a ti e tu a mim, num tempo fora de todos os tempos em que eras tu que estavas comigo e não uma imagem à tua semelhança que inventaste para enganar o tempo e o mundo.
Quando quiseres descansar e olhar para dentro, verás que não é assim tão difícil. Como tudo o resto, é só querer. »
Margarida Rebelo Pinto.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Realismo

  O Realismo foi um movimento artístico e literário surgido nas últimas décadas do século XIX na Europa.
  Apresenta-se como uma doutrina filosófica e uma corrente estética e literária que procura a conformação com a realidade. 
  As suas características estão relacionadas com o momento histórico, reflectindo as novas descobertas científicas, as evoluções tecnológicas e as ideias sociais, políticas e económicas da época.Uma forte característica é o seu forte poder de crítica, adotando uma objetividade que faltou ao romantismo. Grandes escritores realistas descrevem o que está errado de forma natural. Dessa forma os realistas procuram apontar falhas talvez como modo de estimular a mudança das instituições e dos comportamentos humanos. Em lugar de heróis, surgem pessoas comuns, cheias de problemas e limitações.
  O Realismo procura ver a realidade de forma objectiva e surge como reacção ao idealismo e ao subjectivismo emocional românticos. Como movimento da arte e da literatura, procura representar o mundo exterior de uma forma fidedigna, sem interferência de reflexões intelectuais nem preconceitos, e voltada para a análise das condições políticas, económicas e sociais.
  Na Europa, o realismo teve início com a publicação do romance realista Madame Bovary (1857) de Gustave Flaubert. Alguns expoentes do realismo europeu: Gustave Flaubert, Honoré de Balzac, Eça de Queirós, Charles Dickens.


Eça de Queirós, na 4.ª Conferência do Casino Lisbonense afirma:
"O Realismo é uma reacção contra o Romantismo: O Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia do carácter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos - para nos conhecermos, para que saibamos se somos verdadeiros ou falsos, para condenar o que houver de mau na nossa sociedade".


"Questão Coimbrã"

  Em Coimbra, este Grupo gerou uma polémica em torno do confronto literário com os ultra românticos do "Bom senso e do Bom gosto" ou mais conhecido por a Questão coimbrã. Mais tarde, já em Lisboa, os agora licenciados reuniam-se no Casino Lisbonense, para discutir os temas de cada reunião, que acabara por ser proibida pelo governo.

  Os escritores dividiram-se em dois grupos, uns apoiando o velho Feli­ciano de Castilho, outros, o jovem poeta Antero de Quental. A favor de Castilho haviam os escritores Pinheiro Chagas e Camilo, enquanto que, Teófilo Braga, Eça de Queirós e outros apoiaram Antero. A Questão Coimbrã terminou com um duelo entre Antero e Ramalho Ortigão, o qual, embora concordasse com as ideias de Antero, o atacou por ter sido descortês para com o velho Castilho.

  A Questão Coimbrã não teria grande importância se ela não simbolizasse a luta entre dois grupos de escritores: os românticos e os realistas.


"A Geração de 70"

  Deu-se este nome a um conjunto de jovens escritores, intelectuais, que se afirmaram entre 1861 e 1871, impondo em Portugal um novo conjunto de ideias e novos modelos literários vindo da Europa, que veio revolucionar várias dimensões da cultura portuguesa, da política à literatura, onde a renovação se manifestou com a introdução do realismo.

  Na cidade universitária de Coimbra juntavam-se os jovens intelectuais para trocar ideia, livros e formas de renovação de vida politica e cultural portuguesa. Como "fundadores" desta geração surge o nome de Antero de Quental, Eça de Queirós, Oliveira Martins, Teófilo Braga, Ramalho Ortigão, Batalha Reis, entre outros. Foi o início da Geração de 70.