terça-feira, 9 de novembro de 2010

Relatório da Visita de Estudo ao Museu Regional Rainha D. Leonor

  No passado dia 27 de Outubro, entre as 10h e as 11.30h da manhã, a turma do 11ºB dirigiu-se ao Museu Regional Rainha D. Leonor. Esta visita de estudo realizou-se no âmbito da disciplina de Português, com o acompanhamento da professora Fátima Santos.

 O objectivo desta visita era observar as características da arte barroca, relacionado com a obra que estudamos actualmente – “Sermão de Santo António aos Peixes”, de Padre António Vieira.

 Toda a visita foi organizada, guiada pelo pintor bejense, Leonel António Borrela, que nos explicou vários detalhes e parte da história do barroco.

  O Museu está instalado no antigo de Convento de Nossa Senhora da Conceição e documenta através das suas múltiplas colecções, as diferentes culturas que, da pré-história à actualidade, se desenvolveram na região. A colecção deste museu é composta por património arqueológico dos períodos Romano, Visigótico, Árabe e Medieval, possuindo uma das mais notáveis colecções visigóticas do país. Reúne ainda pintura portuguesa, referentes ao período entre os séc. XV e XVIII; cerâmica; azulejaria; numismática; ourivesaria; escultura e arte sacra.

 O inicio da visita ficou marcado pela observação do antigo mosteiro, onde nos deparamos com várias características barrocas, como as imitações florais, os grandes relevos os azulejos pintados de branco e azul, assim como a talha dourada. Durante o percurso realizado na visita podemos observar outros azulejos pintados de azul e amarelo, simbolizando o “ouro sobre azul” (significa a perfeição) e verificamos também marcas passadas da arte manuelina. Visitamos três alas onde observamos diversos quadros, de diversos estilos, mas todos com algo em comum, a referência a situações religiosas. Como por exemplo: quadros relacionados com a religião muçulmana, visto que para eles o único ser perfeito é Ala, os quadros que pintam têm sempre um erro propositado para demonstrar que não são perfeitos. Tal como outros visitantes podemos observar as esculturas do museu.
"Martírio de S.Bartolomeu"

 Na segunda ala o Sr. Leonel Borrela explicou-nos dois dos quadros exposto, que mais uma vez se encontram relacionados com a religião, mas desta vez com a Cristã. Na última ala visitada podemos verificar uma grande evolução da arte barroca, e foi-nos explicado o quadro “Martírio de S. Bartolomeu”, onde verificamos o desenvolver do aperfeiçoamento do corpo humano. Foi-nos permitido observar os restantes quadros expostos, e para finalizar a nossa visita o Sr. Leonel Borrela deu-nos a conhecer o seu pensamento sobre um dos quadros expostos “Alegoria Filosófica”.


"Alegoria Filosófica"

 Para concluir, posso afirmar que foi uma visita gratificante em que todos os objectivos desta visita foram alcançados. Graças aos quadros observados, às características do museu e a outros factos referidos anteriormente, aprofundamos e adquirimos conhecimentos sobre o Barroco. Do meu ponto de vista não houve qualquer aspecto que não tenha sido alcançado ou algo que tenha corrido mal.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Processos irregulares de formação de palavras

  Extensão semântica – processo através do qual uma palavra existente adquire um novo significado.
Exemplo: as palavras “salvar”; “portal” e “janela” adquiriram significados novos, através do uso na informática.

  Empréstimo – processo de transferência de uma palavra de uma língua para outra.
Exemplo: “slogan” (empréstimo da língua inglesa); “toilette” (empréstimo da língua francesa).

 Amálgana – processo irregular de formação de palavras que consiste na criação de uma palavra a partir da junção de partes de duas ou mais palavras.
Exemplo: informática (informação + automática)

  Sigla – palavra formada através da redução de um grupo de palavras às suas iniciais, as quais são pronunciadas de acordo com a designação de cada letra. 
Exemplo: EU – União Europeia

  Acrónimo – palavra formada através da junção de letras ou sílabas iniciais de um grupo de palavras, que se pronuncia como uma palavra só.
Exemplo: ONU – Organização das Nações Unidas

  Onomatopeia – palavra criada por imitação de um som natural.
Exemplo: miauuu!

  Truncação – processo irregular de formação de palavras que consiste na criação de uma palavra a partir do apagamento de parte da palavra de que deriva.
Exemplo: metropolitano – metro ; José - Zé

"Carta do Achamento do Brasil" Pero Vaz de Caminha

   Pero Vaz de Caminha nasceu em 1450, no Porto e faleceu no dia 15 de Dezembro de 1500, em Calecute na Índia.
 Foi um escritor português do séc. XV, que se celebrizou nos cargos de escrivão da armada do navegador Pedro Álvares Cabral. Foi distinguido no serviço dos monarcas porque desenvolvia a prática e aumentava o seu conhecimento sobre a escrita.

 Visto que a carta referida é muito extensa, decidi apresentar apenas dois excertos, de modo a dar a conhecer o que foi escrito.

  (Inicio da carta)
"Senhor,
posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer!
Todavia tome Vossa Alteza minha ignorância por boa vontade, a qual bem certo creia que, para aformosentar nem afear, aqui não há de pôr mais do que aquilo que vi e me pareceu.
Da marinhagem e das singraduras do caminho não darei aqui conta a Vossa Alteza -- porque o não saberei fazer -- e os pilotos devem ter este cuidado.
E digo quê: A partida de Belém foi -- como Vossa Alteza sabe, segunda-feira 9 de março. E sábado, 14 do dito mês, entre as 8 e 9 horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grande Canária. E ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, a saber da ilha de São Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto."

  (Fim da carta)
"Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d'agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!
Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de Calicute bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé!
E desta maneira dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta Vossa terra vi. E se a um pouco alonguei, Ela me perdoe. Porque o desejo que tinha de Vos tudo dizer, mo fez pôr assim pelo miúdo.
E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro -- o que d'Ela receberei em muita mercê.
Beijo as mãos de Vossa Alteza.
Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500."

Breve definição de Demagogia ...


  Demagogia é conduzir o povo a uma falsa situação. Em termos etimológicos provém do Grego, e significa "a arte de conduzir o povo". Dizer ou propor algo que não pode ser posto em prática, apenas com o intuito de obter um benefício ou compensação.

No nosso contexto actual, está muito associado ao mundo da política e a promessas de "mundos e fundos", que depois na prática não se concretizam.

A Oratória

   A Oratória, ramo da argumentação, é a arte de discursar em público, constitui uma das variantes do discurso argumentativo. É também um conjunto de regras e técnicas que permite a cada individuo apurar as suas capacidades e qualidades, quando destinado a discursar em público.

   A principio,na Grécia Antiga, e mesmo em Roma, a oratória era estudada como componente da retórica e era considerada uma importante habilidade na vida pública e privada. Uns dos mais conhecidos autores sobre o tema na antiguidade são Aristóteles e Quintiliano.