sábado, 9 de outubro de 2010

O Barroco

   O termo “barroco” deriva da palavra espanhola “barrueco”, utilizado para definir pérola imperfeita. O Barroco teve origem na Europa, América e em alguns pontos do Oriente entre o início do século XVII e meados do século XVIII
   As obras barrocas são semelhantes às renascentistas. No entanto neste novo estilo que surge há mais dinamismo, contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo. O barraco vem também dar um novo equilíbrio entre o sentimento e a razão, assim como entre a arte e a ciência. Enquanto que no renascimento predominava o racionalismo, no barroco predominam as emoções e a inspiração.

Exemplos de pinturas e esculturas do Barroco:


Agnolo Bronzino: Alegoria do triunfo de Vênus
Caravaggio: A crucificação de São Pedro
Gianlorenzo Bernini, O rapto de Proserpine

"Discurso aos participantes na Marcha Sobre Washington pelo Emprego e pela Liberdade" (reflexão)

Aqui ficam presentes alguns dos excertos que mais gostei no discurso que Martin Luther King, mais conhecido por "Eu tenho um sonho"
1. "(...) Há quem pergunte aos militantes dos direitos civis: "Quando e que vos ireis dar por satisfeitos?". Não iremos dar-nos por satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores inenarráveis da brutalidade policial. Não iremos dar-nos por satisfeitos enquanto os nossos corpos, pesados da fadiga e da viagem, não puderem encontrar pousada nos motéis das estradas e nos hotéis das cidades. (...) Não, não, não nos damos nem daremos por satisfeitos enquanto a equidade não jorrar como uma fonte e a justiça como uma corrente que não seca.(...)"
  Neste parágrafo Martin Luther King vem apelar à sua luta pelos direitos civis dos Negros, à luta pela discriminação racial. Chega a dar exemplos de discriminação e de racismo, como impedir a entrada de pessoas de raça Negra em locais públicos. 
 Concordo plenamente com o que Martin Luther King defendia, pois acho absurdo a forma como eram (e por vezes ainda são) tratados os Negros e discriminados apenas pela cor de pele com que nasceram.
2. "(...) Tenho um sonho que um dia esta nação se irá erguer e viver o significado autêntico do seu credo - temos por verdades evidentes que todos os homens foram criados iguais. Tenho um sonho de um dia nas vermelhas encostas da Geórgia os filhos dos antigos escravos e os filhos dos antigos donos de escravos conseguirão sentar-se juntos à mesa da fraternidade. (...) Tenho um sonho de que os meus filhos pequenos irão um dia viver num país em que não serão julgados pela cor da sua pele mas sim pelo conteúdo do seu carácter! (...)"
   Neste excerto Martin Luther King diz um sonho, com o sentido de acreditar que um dia mais tarde as diferenças raciais venham a diminuir, e afirma ainda que não e pela cor de pele com que se nasce que nos avaliar e definir mas sim o pela nossa forma de ser, pelo nosso carácter.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Martin Luther King

   Martin Luther King foi um grande pastor baptista e activista político norte-americano, do século XX. Dedicou maior parte da sua vida na luta pelos direitos sociais dos Homens, principalmente os de cor negra, na procura de combater o preconceito e o racismo. Defendia a luta pacífica, como forma de construir um mundo melhor, baseado na igualdade de direitos sociais e económico.
  Nasceu a 15 de Janeiro de 1929, em Atlanta, filho primogénito de uma família de negros norte-americanos de classe média. O seu pai era um simples pastor de nome Martin Luther King, e a mãe era Alberta King, professora.
   Dedicou-se ao estudo de temas de filosofia de protesto não violento, inspirando-se nas ideias do hindu Mohandas K. Gandhi.Formou-se em sociologia na Morehouse College, em 1948. Mais tarde formou-se em Teologia no Seminário de Crozer, onde conheceu Coretta Scott, uma estudante de música com quem veio a casar. Tornou-se pastor baptista da Igreja Baptista na cidade de Montgomery, Alabama em 1954.
   A sua luta pelos direitos civis dos Estados Unidos da América tem inicio quando, a 1955 me Montgomery, uma mulher negra que ia sentada no autocarro nega dar o seu lugar a uma mulher branca, acabando por ser presa. Luther King como era presidente da Associação de Melhoramento de Montgomery, organizou um movimento de um ano como forma de combater o sucedido.Luther King ajudou a fundar a Conferência Cristã no Sul (SCLC), em 1957, uma organização de igrejas e sacerdotes negros. Tornou-se o líder da organização e tinha como objectivo lutar de uma forma pacifica através de manifestações e discursos pacíficos contra a discriminação à raça negra.
  Na década de 1960, Luther King organizou várias manifestações pacíficas e marchas de protesto como forma de lutar pela defesa dos direitos iguais entre as pessoas negras e os brancos, assim como pelo fim do preconceito e racismo.
  Em 1963 Martin Luther King liderou uma manifestação pacifica, “A Marcha para Washington”, na defesa pelos direitos civis de todos os cidadão dos E.U.A, no Alabama, onde a apareceram mais de 200.000 manifestantes. A violência nunca foi o modo utilizado para algo na luta contra a discriminação racial. Chegou a ser preso várias vezes, mas nada que o fizessem desistir dos seus objectivos. Neste mesmo ano chefiou a histórica parada em Washington onde pronunciou o discurso pelo qual ficou bastante conhecido “I have a dream” (“Eu tenho um sonho”).
   Martin Luther King é assassinado dia 4 de Abril de 1968 em Memphis, Tenessee, por uma pessoa de raça branca, que foi preso e condenado a uma pena de 99 anos de prisão.
  Na minha opinião, Martin Luther King foi um político fundamental no que diz respeito às mudanças das leis dos E.U.A.. Graças a ele a raça negra pode ter mais liberdade, a discriminação foi caindo aos poucos e hoje em dia já não e tão acentuada como no passado. Acredito que Martin Luther King possa ser tomado como referencia quanto à sua luta, pois não foi através de conflitos violentos, mas sim de lutas pacificas e discursos que ele obteve os seus objectivos relativamente aos direitos civis.

domingo, 3 de outubro de 2010

Padre António Vieira (Vida e Obra)

    O Padre António Vieira nasceu em Lisboa numa casa humilde, a 6 de Fevereiro de 1608, filho de Cristóvão Vieira e de Maria Azevedo, vindo a falecer a 18 de Julho de 1697, na Bahia. Foi escritor, orador religioso, missinário e diplomata; parta além disso foi também uma personagem bastante importante na política no século XVII. Com os seis anos de idade feitos foi com a familia viver para o Brasil. Foi um brilhante aluno quando frequentou o Colégio dos Jesuítas em Salvador; em 1623 entrou na Companhia de Jeus e passados 3 foi ordenado sacerdote.

   Lutou contra a Inquisição, criticando severamente os sacerdotes da sua época e a própria inquiição. Foi defensor dos direitos humanos dos povos nativos, contra a exploração e a escravidão. Destacou-se também por defender os judeus, a abolição da diferença entre cristãos-novos e a abolição da escravatura. A 1633, o Padre António Vieira pregou pela primeira vez e facilmente ficou conhecido pelos seus primeiros sermões, tendo fama de notável pregador, através dos quais ele exortava as várias etnias a juntarem armas contra os invasores holandeses do Brasil. Falava diversas línguas, assim como dialectos Indianos, Amazónicos, e aprendei também a língua dos escravos negos (kimbundu). O Padre António Vieira pregou a fé junto dos índios e dos escravos negros até 1641.

   Quando veio à Portugal, em 1641, com a missão de congratular o rei D. João IV pela sua subida ao poder , recebeu o título de pregador régio. A 1646 foi enviado como diplomata aos Países Baixos e no ano seguinte à França. Na sua permanência em Portugal conseguiu alcançar um dos seus objectivos, como a criação de uma lei protectora a favor dos Jesuítas, o que lhes permitia governar e ensinar os índios. Como a sua presença em Portugal não era desejada, o Padre António Vieira voltou ao Brasil, a 1654, como missionário no Maranhão e no Grão-Pará, sempre defendendo a liberdade dos índios.No entanto no ano de 1661, com a morte de D. João IV, o Padre António Vieira vê-se obrigado a voltar para Portugal. Com a ascensão ao torno de D. Afonso VI, o Padre António Vieira não tinha apoio na sua luta contra a Inquisição, vindo a entrar novamente em conflito com a mesma. Foi preso pela Inquisição durante dois anos entre 1665 e 1667. Foi expulso de Lisboa, desterrado e encarcerado no Porto e depois encarcerado em Coimbra. Entretanto todos os direitos e privilégios conquistados dos jesuítas eram perdidos. A 1667 foi condenado a internamento e proibido de pregar, mas no mesmo ano a sua pena foi anulada. 

   Foi viver para Roma, a 1669, durante seis anos, onde acordou com o Papa que estaria apenas dependente do Tribunal romano. Conseguiu também outro feito histórico que foi travar a actividade da Inquisição em Portugal, durante seis anos. A 1675 regressa a Lisboa a pedido de D. Pedro, mas afastou-se dos negócios públicos. Decide voltar para o Brasil, em 1681, onde continuou a redigir e a reunir o que tinha escrito até ser capaz. O Padre António Vieira deixou obras complexas que exprimem as suas opiniões políticas, sendo não propriamente um escritor, mas sim um orador. Acabou por falecer a 18 de Julho de 1697 com 89 anos, deixando uma edição completa em 16 volumes os seus Sermões. As suas obras foram publicadas pela Europa e até receberam elogios da Inquisição. Além dos Sermões redigiu o Clavis Prophetarum, livro de profecias que nunca concluiu. Uns dos Sermões mais célebres são: o "Sermão da Quinta Dominga da Quaresma", o "Sermão da Sexagésima", o "Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda", o "Sermão do Bom Ladrão","Sermão de Santo António aos Peixes" entre outros.