quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Música no Romantismo

A música romântica tem como fonte o Sturm und Drang alemão. A exploração da expressão individual, referências à Idade Média e à identidade nacional, temas humanistas e revolucionários, são traços próprios do romantismo.
O romantismo conduziu a música a um dinamismo de expansão e de exagero explorando sistematicamente a alteração das regras. As obras intimistas enchem-se de um conteúdo emocional intenso, como o testemunham O Rei dos Álamos de Shubert ou os 24 Prelúdios de Chopin.
A orquestra enriquece-se, diversifica-se, os instrumentos são procurados pelo seu timbre, pela sua cor: a Sinfonia Fantástica de Berlioz é um verdadeiro «trovão», cuja «desmesura» se traduz sobretudo pelas imensas massas orquestrais.
O romantismo musical não tem em Portugal um significado sensível. O talento indiscutível de J.D. e de outros compositores como João Jordani, Joaquim Casimiro, Guilherme Cossoul, Fr. José Marques…

Literatura no Romantismo

  O Romantismo entra na Literatura portuguesa com a publicação dos poemas Camões (1825) e D. Branca (1826) de Almeida Garrett. O ambiente político, a época em que viveu, transformam a forma da escrita que durante muito tempo se afirmou em Catão, Lírica de João Mínimo, no Retrato de Vénus, quanto ao seu conteúdo, e nos poemas Camões e D. Branca, na linguagem, no grande romântico das Folhas Caídas e no grande pioneiro de um linguagem colonial, moderna, Viagens na Minha Terra.
 Contudo, Alexandre Herculano o grande intérprete do Romantismo com a poesia de cor histórica marcadamente actual da Harpa do Crente e com o romance histórico, que constituirá o zénite do movimento literário. O sentimentalismo afirma-se com o domínio do coração nos românticos sobre o da razão nos clássicos.
   O artista deixa de ser o imitador; pondo a sua imaginação a trabalhar, cria uma sub-realidade e transmite o seu sentir e pensar; de imitador passa a criador. Albert Thibaudet considera o Romantismo como «a grande revolução literária moderna». É, também, uma atitude reactiva em favor da pequena burguesia que orienta o Contrato Socialde Rousseau (1762) e, depois, Emílio (1762); e,em Julie ou La Nouvelle Héloise esboça-se o passionalismo romântico.
  O romantismo caracteriza-se pela sua oposição ao classicismo antigo, pagão e meridional. Vai buscar a inspiração aos poemas de Ossion, ao teatro de Shakespeare, aos romances de Richardson. A imaginação é celebrada; a razão substituída pela emoção e pelo sentimento. O espírito romântico baseia-se na descoberta da subjectividade, o que lava a um florescimento de géneros aotubiográficos na primeira metade do séc. XIX. O romântico exalta o culto do eu, analisa as diversas facetas da sua personalidade, cuja unidade procura conquistar («El Desdichado», poema das Chimères, de Nerval). Procurando a evasão no sonho, no exotismo ( o Oriente) ou o passado (a Idade Média Cristã), exalta o gosto do mistério e do fantástico.

Arte no Romantismo

  A pintura romântica encontrou um meio intelectual e criativo mais favorável no continente europeu, principalmente em Espanha, França e na Alemanha.
O Jaguar devorando uma Lebre
 A escultura romântica não conheceu qualidade estética nem projecção idênticas à da pintura da época. Protagonizada pelo francês Antoine Louis Barye realiza peças baseadas no estudo naturalístico e fortemente expressivo de animais selvagens.
  No contexto português destacam-se os trabalhos de Soares dos Reis, como a estátua "Desterrado" e de Simões de Almeida, autor do grupo escultórico Génio da Liberdade, incluído no monumento do Marquês de Pombal em Lisboa.
O fuzilamento do 3de maio de 1808 – Goya 1814

Arquitectura no Romantismo

Vista aérea do Palácio Nacional da Pena
 O Romantismo, ligado à recuperação de formas artísticas medievais, acompanhada pelo gosto pelo exótico contido nas culturas orientais, favoreceu a revivência e a mistura de vários estilos, como o românico, o gótico, o bizantino, o chinês ou o árabe. Foi na Inglaterra que se verificaram as primeiras manifestações da arquitectura romântica.
 O Palácio Nacional da Pena é um óptimo exemplo do Romantismo em Portugal.
Palácio de Westminster onde se reúne o Parlamento Britânico


Romantismo

  Foi um movimento cultural que surgiu inicialmente na Grã-Bretanha e na Alemanha, como reacção ao culto da razão do Iluminismo.
  É um estado da sensibilidade europeia entre finais do séc. XVIII e princípios do séc. XIX. O seu nome deriva de "romance" - história de aventuras medievais.Foi originalmente um movimento de facto revolucionário que adoptou as ideias políticas e filosóficas elaboradas pelo século das Luzes: livre expressão da sensibilidade e afirmação dos direitos do indivíduo. Mas o romantismo, para lá da sua oposição à estética clássica, quer revelar a parte do homem oculta pelas convenções estéticas e sociais.
  Contra a ordem e a rigidez intelectual clássica, os artistas românticos imprimiram maior importância à imaginação, à originalidade e à expressão individual, através das quais poderiam alcançar o sublime e o genial.